Dr. Paulo Fortuna é o entrevistado da semana

Onde o Doutor nasceu?

Em Salvador-Ba.

Conte pra gente um pouco de sua historia profissional?

Antes de cursar Odontologia, na UFBa, fiz por 2 anos Química, em 1986. Em 1987, realizei o concurso do Senai, para a função de Operador de Processos Petroquímicos, aonde fui aprovado e bem colocado no curso; sendo contratado por uma empresa do Pólo Petroquímico de Camaçari - a Polialden. Exerci a função por quase 6 anos, em regime de turno. Neste período, prestei vestibular para Odontologia, na UFBa, e graças ao Senhor, fui aprovado. Em 1989, iniciaram as aulas. Foram cinco anos muito difíceis, pois tinha que conciliar o trabalho, a faculdade e a família. Mas com muita determinação, empenho, motivação e fé viva superei todos os obstáculos e consegui concluir o curso no seu tempo mínimo (1993); e o melhor, sem ter sido reprovado em nenhuma disciplina. Daí em diante, segui a carreira almejada, desligando-me do vínculo empregatício, no Pólo Petroquímico; e, iniciando uma nova etapa, na caserna, no Exército Brasileiro, como aspirante a Oficial Dentista, na ESAEx, inicialmente;e, posteriormente, no 6DSUP, como Tenente Dentista. Momento ditoso e indelével na minha história. Chegando em Itiruçu em 1995, mais precisamente, no dia 19 de abril, do ano mencionado, iniciei a atividade liberal, que graças ao Senhor, estou em atividade até os dias atuais. Exercendo a profissão aqui em Itiruçu, no meu Consultório; em Jaguaquara, no serviço público municipal (concurso público em 1995) e também em consultório particular. Creio resumir minha trajetória, nestas breves linhas.

Como o Doutor resolveu entrar na política de Itiruçu?

Veja bem, foi algo de última hora, na verdade, no dia da Convenção da Coligação, onde se lançara o nome, para Prefeito, daquele que entraria para os anais da política de Itiruçu, o do intimorato Ailton Cezarino. Horas antes, este me convencera, com célebre engordo, afirmando que meu nome já estava registrado no livro de ata da Convenção e não teria como mais retroceder. Como o que não tem remédio, remediado está; assim se diz o dito popular, arvorei-me na peleja e fui buscar o êxito. E consegui.

O Doutor ganhou para vereador e após dois anos renunciou ao seu mandato, o que o levou a tomar a decisão naquele momento?

Eu não renunciei ao mandato em momento algum, me afastei por um breve período para assumir a Coordenação de Saúde Bucal. Havia incompatibliade ao mandato, por ser um cargo comissionado. Correria o risco de ser cassado, por esta ambiguidade. Mas tinha como suplente, um homem de muita experiência, dignidade que me substituiria, neste período, com muita probidade e decoro; afinal, acumulava em sua história política, muitas glórias, o Sr Manoel Matos, comumente conhecido como Didi Andrade. Reassumi, poucos meses depois reassumi o mandato; concluindo a atividade parlamentar, a seu turno.

Que avaliação o Doutor faz de uma legislatura municipal?

Sou muito pragmático em minhas colocações; herança de um período de burrilamento no Exército, donde trouxe para a vida civil, certos valores, como disciplina e hierarquia. A Casa Legisladora Municipal, tem como mediador de seus trabalhos, o Regimento Interno. Conjunto de normas e diretrizes que orientam e define, através de seus artigos, a condução dos trabalhos da casa, quanto a ordem e à disciplina. O Legislativo um é poder independente, com atribuições definidas. Legislar e Fiscalizar o Executivo. Estar investido em mandato de Vereador não é nada fácil, pois há, por uma parte do eleitorado, uma cobrança paternalista destes. Esquecendo, que o Vereador tem funções próprias, inerentes ao cargo, o da representatividade popular, em seus interesses comunitários, vislumbrando uma melhoria das condições de vida dos munícipes; assim como, a fiscalizadora do erário público. Quando, se exerce esta função, de forma inexorável, os nobres Edis, são ovacionados por uns e imolados por outros. Mas aquele que decida arvorar-se pelo cargo precisa saber muito bem de suas reais atribuições, para não se tornar subserviente de gestores indiligentes e levianos.

Se seu nome fosse escolhido para disputar uma eleição concorrendo ao executivo municipal o desafio seria aceito? E por quê?

Não, quando decidi a não mais concorrer a cargos eletivos, desde o último pleito municipal, é porque já havia a certeza, que a experiência passada já havia sido o suficiente. Não tenho o apoio da família, isto já bastaria para silenciar quaisquer cogitações.

O senhor defende algum nome para prefeito de Itiruçu em 2012 e por quê?

Sem a menor sombra de dúvidas, o do Ex-prefeito Aílton Cezarino. Apesar da turbulência enfrentada em sua gestão, como a perseguição política, nos dois anos iniciais, e a forma ignominiosa onde lhe foi arrebatado o direito de concorrer à reeleição, ao lhe tomarem a direção do partido premeditadamente, após ter ultrapassado o período de refiliação. Um ato de covardia e ultraje. Com todos estes óbices que entravaram seu mandato, o varonil gestor, não se distanciou de suas atribuições e compromissos firmados com sua terra natal; realizou obras relevantes, através de convênios, sem precisar endividar o Município, pois tinha prestígio, acesso e representatividade junto ao Governo Estadual e Federal. Firmou muitos convênios, para que fossem realizados na gestão seguinte, como a creche, melhorias no hospital, Estádio de futebol, PSF, Infocentros e muitos outros, que pelo jeito, e com fé no Senhor, ele irá concluir. Abnegado, pensou no desenvolvimento e sustentabilidade do município. Mas Isto sem falar da sua história como homem público, com uma trajetória ilibada, sem máculas. Diligente chefe de família, eloqüente, homem de fé viva e venturoso torcedor do BAHIAAAA! Este curriculium o credencia ao pleito. terá o voto e o apoio de minha amada família.

O senhor é filiado a que partido político?

PSL - 19, onde fui o fundador e presidente, aqui no Município. Hoje, faço parte da Comissão Diretora.

Como comerciante, como o doutor avalia o atual desempenho de Itiruçu no âmbito do desenvolvimento político administrativo?

Não tenho como substanciar minha resposta, peço perdão aos leitores, pois não consegui vislumbrar desenvolvimento em qualquer direção que se lance o olhar. Desejo apenas registrar o grande êxodo de filhos da terra, como pais abandonando seus lares, em busca do labor salutar, para o sustento de sua família; filhos abandonado o regaço do lar, pois não se via esperança no futuro; devido a falta de políticas de sustentabilidade e geração de empregos, tão prometidas pra esta gestão...

Conte pra gente um sonho pessoal já realizado em sua vida?

Os sonhos variam, conforme a fase na qual nos encontramos...infância, adolescência, fase adulta, velhice. Nas três primeiras, realizei muitos, espero em Deus poder realizar também na última. Mas cito, um dos momentos mais relevantes, dentre muitos, o sonho da paternidade; os filhos são os bens mais preciosos que o Senhor nos concede. Com a imensa responsabilidade de educar e de instruir. Como uma semente que germina, você aduba, cuida; como zeloso pomicultor, acompanha seu desenvolvimento, florescência e frutificação...daí percebe que cumpriu sua missão para com eles e com o Senhor.

Agora um sonho que ainda não se realizou, mas que ainda pretende que seja realizado?

Os sonhos, quando elaborados com racionalidade, são os precursores de grandes obras por nós realizadas, para isto, necessita de foco, determinação e empenho....eles surgem apartir do momento que aspiramos algo.... Hoje, os principais sonhos que busco, não encontram mais fulcro na realização material, mas na busca do autoconhecimento e soerguimento.

O que o doutor espera para o futuro de Itiruçu?

Creio que a resposta é uníssona, desenvolvimento com sustentabilidade, acolhimento e políticas públicas voltadas para o cidadão, em suas questões socias, de educação, saúde e segurança... Comprometimento dos gestores vindouros na manutenção e busca incessante pelo progresso do Município.

Deixe uma mensagem para o povo Itiruçuenses;

Um grande agradecimento, pelo acolhimento, e que o Senhor nos abençoe, nos fortalecendo, para enfrentarmos com coragem e fé, toda adversidade e obstáculos que porventura surjam no caminho. Cientes que somos responsáveis pela nossa própria elevação, busquemos os preciosos talentos, que foram carinhosamente doados pelo Criador, para edificar a nossa própria jornada. Que façamos da escassez, uma oportunidade de disciplina; e, da abundancia, uma possibilidade de exercer o bem, em suas maiores nuanças! Esperança e fé viva, Naquele que tudo pode! Que o Senhor derrame suas salutares bênçãos sobre todos nós!

Muita Paz!!